Com feirinha de produtos, grupo mostra o que apreendeu no Programa Mulheres em Campo

Iniciado no final de janeiro, na comunidade de Três Voltas, o Programa Mulheres em Campo é uma parceria entre Senar/SC, Sindicato dos Produtores Rurais e Cooperativa Agropecuária São Lourenço (Caslo). A formação envolve 12 mulheres da região e busca ampliar o protagonismo feminino na administração das empresas rurais. Na primeira quinzena de março o grupo trabalhou o quarto módulo, com foco nos indicadores de viabilidade e comercialização. O quinto e último módulo será agendado na sequência.

De acordo com a instrutora do programa, Ivania Begnini Zingler, o programa busca desenvolver o empreendedorismo e, ao longo da formação, o grupo trabalha, por exemplo, diagnóstico e empreendedorismo, planejamento, custos de produção, indicadores de viabilidade e comercialização e desenvolvimento pessoal. “Além de desenvolver individualmente as mulheres, a formação pode ser o gatilho para um novo negócio”, projeta frisando que a feirinha é a oportunidade das mulheres, na prática, aprenderem técnicas de atendimento e vendas. “Algumas turmas optam por manter a organização e realizam a feira uma vez por mês. Isso é bom, pois estimula os negócios”.

Conforme a instrutora do programa, a formação, em médio e longo prazo, vai auxiliar na melhoria da gestão e, consequentemente, no resultado das atividades. “Primeiro que melhora muito a autoestima e elas se sentem parte do negócio, ajudando a planejar e organizar. Acaba sendo um olhar diferente para as tomadas de decisões”, disse emendando que é uma forma de profissionalizar e encorajar as mulheres.

Uma das integrantes do programa, Margarete Pereira, participou da feirinha e gostou. Ela conta que a experiência foi enriquecedora. “Eu sempre gostei de fazer doces em casa, mas nunca houve o apoio. Agora, com o programa, parece que fica mais fácil”, revela explicando que a formação permite o entendimento, por exemplo, sobre o custo de produção, formulação de preço de venda e apresentação do produto.

Satisfeita com o resultado da feirinha, Margarete contou que o evento será reeditado. “Nós combinamos e devemos fazer pelo menos uma vez por mês. A venda foi boa. Em meia tarde praticamente vendemos tudo”, comemora.

De acordo com a coordenadora dos programas de qualidade da Caslo, Marina Cristina Pissaia, esse tipo de formação faz parte do exercício dos princípios do cooperativismo, especialmente o quinto, sexto e sétimo – educação, informação e formação, intercooperação e interesse pela comunidade, respectivamente. Segundo ela, são ações que demonstram, na prática, o compromisso da cooperativa, mas também que fomentam a inserção e participação da mulher, a formação de novas lideranças e, também, a manutenção da perenidade dos negócios.