Com a tecnologia a favor, agricultores já planejam a safra 2020/2021

Assim como outros setores, a agricultura evoluiu muito nos últimos anos. São novas tecnologias, híbridos, máquinas e equipamentos, assistência técnica e, principalmente, manejos.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Cooperativa Agropecuária São Lourenço (Caslo), Mateus Alberto Griss, o uso combinado disso tudo resultará em maior produtividade e lucratividade por área plantada. Porém, em meio a tudo isso, ele destaca a análise de solo. Para ele, esse deve ser o primeiro passo e o que vai nortear as subsequentes ações.

Griss explica que é a partir da análise que o produtor rural vai saber, por exemplo, o PH do solo, adubação química, matéria orgânica, nitrogênio, fósforo e potássio. “É preciso avaliar esses índices, pois são nutrientes que tem relação direta com a produtividade e influenciam no resultado da safra”, disse lembrando que agora, após a colheita, é a época correta para coletar as amostrar para a análise e iniciar o planejamento para o novo ano safra.

Conforme o agrônomo, o ideal, para uma análise precisa, é fazer pelo menos cinco coletas por hectare. “Dessa forma o empresário rural vai conseguir ter uma amostragem mais próxima da realidade e ver quais são as deficiências”, disse lembrando que além de permitir a interpretação da fertilidade e o estado nutricional do solo, a análise é um dos requisitos para o produtor participar, por exemplo, do troca troca de calcário do governo federal e financiar a lavoura junto as instituições financeiras.

Cristiano Nalin, empresário rural e associado da Caslo, afirma que é impossível desenvolver a agricultura de precisão sem fazer a análise de solo. “Sem ela você planta sem saber quais são as reais necessidades e acaba, às vezes, gastando mais e desnecessariamente”.

Nalin lembra que no passado praticamente ninguém fazia análise de solo. “Os poucos que faziam era por exigência das instituições financeiras. Hoje é diferente. A gente faz para realmente alcançar bons resultados”, revela concordando que a análise de solo deve ser a primeira ação para o planejamento do ano safra. “A agricultura se tornou uma empresa. Você faz a colheita já pensando na próxima safra, na escolha dos híbridos, período de plantio e adubação”.

Correções

Conforme o engenheiro agrônomo, se a análise for feita cedo, o produtor pode aproveitar o plantio e o manejo da pastagem de inverno ou do trigo para fazer as correções necessárias. “É um período estratégico, pois é possível aproveitar o manejo das cultivares, sem gerar mais trabalho”, orienta frisando que os resultados não serão percebidos de uma safra para a outra, porém, garante que são significativos em médio e longo prazo.

Assistência

Hoje, de acordo com o engenheiro agrônomo, a Caslo oferece gratuitamente o serviço de coleta do solo para a análise. O produtor paga apenas o valor cobrado pelo laboratório e os resultados são disponibilizados, em média, em dez dias. Interessados podem procurar a equipe técnica nas filiais ou na matriz.

Fonte: Ascom Caslo